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Eu senti na pele – Anne Priscyla Santana

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Às vezes, a vida traz desafios em dose dupla. A fotógrafa e publicitária Anne Priscyla Santana, 31, sentiu na pele o tratamento do melanoma e também de um câncer de tireoide, em meio aos cuidados com um filhinho de cinco anos. Conheça sua história:

“Nunca imaginei que o melanoma pudesse se desenvolver a partir de um sinal benigno e fosse tão assustador. Até receber o diagnóstico, aliás, nem tinha ouvido falar a respeito. Sabia que o que era câncer de pele, mas acreditava que era de pouca gravidade. Moro em Recife e, atualmente, fujo do sol. Mas cometi excessos na infância e adolescência, com um histórico de queimaduras.

Sempre tive uma pinta no meio das costas. Em fevereiro, de 2017, em uma temporada na praia, minha tia, enfermeira, alertou que ela estava mais escura. Sou bem branquinha, então foi fácil notar. Ela me recomendou procurar um médico. Fui a um dermatologista, que me encaminhou para um cirurgião, que, por fim solicitou biópsia. Duas semanas depois, recebi o resultado, comecei a ler e não entendi nada. A ansiedade era tanta que não consegui chegar ao final. Lá constava a palavra que mudaria tudo: melanoma.

Na consulta com o médico, finalmente soube do que se tratava. Bater de frente com a palavra “câncer” é difícil. Só conseguia pensar: “não quero morrer, não posso morrer.” Além do marido e da família, há o meu filhinho de cinco anos, que tem autismo e precisa demais de mim. Como tantos companheiros de pinta, corri para o Dr. Google, que não ajudou muito. Por sorte, encontrei o Melanoma Brasil, contraponto perfeito às informações assustadoras que li. Pedi para participar do grupo de pacientes, onde imediatamente me senti acolhida e com a sensação de ser abraçada (adoro!).

Após o susto inicial, não baixei a guarda. Tinha tudo para entrar no fundo do poço, mas percebi que ia precisar lutar por mim, pois havia um filho pequeno dependente dos meus cuidados. Não podia desistir, nem em pensamento. Se antes do tratamento era um tanto insegura, hoje sou o oposto. Coloco o meu problema em perspectiva e vejo outras pessoas enfrentando situações bem mais graves sem se entregarem ao sofrimento. Tenho muita fé e senti que Deus olhava por mim.

A biópsia, inicialmente, apontou um melanoma in situ. Procurei outro laboratório e obtive um diagnóstico diferente: melanoma maligno com nível de Clark III, sem metástases. Fiz cirurgia com ampliação de margens, esvaziamento axilar e não precisei de mais nada.

Depois, dessa experiência, não descuidei da fotoproteção. Também vivo “de olho” nas pintas e sinais, meus e das pessoas próximas. Quando encontro algo suspeito, aviso.

Sou bastante rigorosa com o acompanhamento. Alguns meses após a cirurgia, fiz um exame de PET-Scan. Ele não acusou o melanoma, pois já tinha removido, mas mostrou três nódulos na tireoide. Desses, um era maligno: carcinoma papilífero metastático. Novamente, me deparei com a palavra câncer. Houve o susto, houve o desânimo inicial, mas mantive a determinação. Felizmente, não era metástase do melanoma. Fiz remoção cirúrgica e iodoterapia e agora estou bem. A parte mais difícil foram os sete dias longe do meu filho.

Preciso confessar que, no início, me preocupava um pouco a questão estética. Fiquei com uma grande cicatriz, do pescoço até a orelha. Mas passou logo. Hoje, prendo o cabelo e mostro sem medo essas e outras cicatrizes, como a do melanoma. Elas são a prova de que Deus existiu na minha vida e continuará existindo.”

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